quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Instrumentos


Instrumentos são ferramentas utilizadas pelos Wiccanianos para elaborar um “clima” ritualístico e para favorecer a emanação (liberação ou absorção) de energias dentro de um ritual... O maior instrumento de um Bruxo é ele mesmo, porém, no inicio das práticas a dificuldade de trabalhar com as energias internas e externas é imensa, logo, os instrumentos funcionam como catalisadores e aumentam a concentração, já que empunhar um instrumento nos dá uma maior sensação de controle e poder. Na Wicca alguns instrumentos também possuem um simbolismo especial, e são considerados obrigatórios, pois representam as diversas forças básicas do universo, e representam também a presença da Deusa e do Deus, são eles: o Bastão, o Cálice, o Pentáculo, o Athame e o Caldeirão. Os demais instrumentos servem para facilitar o manuseio de ervas, velas, incensos, pedras, para embelezar as cerimônias e para formar um elo mágicko-religioso com o plano etéreo.
Os principais instrumentos utilizados pelos Wiccanianos são: Amuleto, Athame, Bolline, Buril, Caldeirão, Cálice, Castiçal, Chave Mágicka, Colher de Pau, Espada Cerimonial, Espelho Mágicko, Incensário/Turíbulo, Livro das Sombras, Pentáculo, Poção Protetora, Sino, Talismã, Túnica, Varinha Mágica/Vareta/Bastão e Vassoura.

Duoteísmo e/ou Henoteísmo


A Wicca é uma religião muito ampla em relação a sua crença no divino, por isso alguns pontos devem ser analisados para uma melhor compreensão por aquele que deseja seguir a Arte.
A base teológica da Wicca encontra-se na celebração e interação com duas divindades: a Deusa e o Deus, para as tradições iniciais como a Gardneriana (alguns grupos), tais divindades são o princípio de tudo e delas surgiram todas as outras divindades. Sendo assim, o casal divino celebrado por algumas tradições está inserido num modelo de Henoteísmo, onde a Deusa e o Deus são supremos, onipotentes e oniscientes, e deles todos os outros Deuses e seres foram criados. Como uma amiga costuma dizer: Alguns Wiccans celebram “Deuses Cósmicos” e outros “Deuses não-Cósmicos”.
‘Duoteísmo’ é a palavra que melhor define a teologia Wiccan, todos os Wiccans acreditam na existência de um casal divino, oposto e complementar de igual poder e patamar de culto. Tais divindades possuem características específicas, a Deusa é essencialmente Lunar, ou seja, é representada pela lua e suas características. E o Deus é essencialmente solar, sendo representado por tal e como tal. A terra encontra-se entre os astros, simbolizando a criação Deles e mostrando que eles são ambos parte da terra, sendo assim o Deus é o caçador selvagem, o senhor da morte e da vida, aquele que anda entre os mundos, assim como a Deusa é a senhora da natureza, a mãe da vida e da morte, a senhora que anda entre os mundos, aquela que recebe em seu ventre aqueles que morrem e lhe dá novas vidas junto ao Deus.
Na Wicca os Deuses não possuem um patamar distinto mesmo que muitos afirmem isso, a Deusa tem o mesmo valor e importância do Deus, eles são a criação, eles são a vida e a morte. Toda celebração verdadeiramente Wiccan precisa celebrar o Deus e a Deusa em igual importância.
Algumas tradições definem que todos os Deuses conhecidos pelas mitologias e que formam os mais distintos panteões são faces ou estereótipos do Deus e da Deusa, e normalmente vivificam a frase: “Todas as Deusas são A Deusa e todos os Deuses são O Deus”, tal visão é relativamente válida, porém, entra em conflito direto com aqueles que são politeístas e encaram cada divindade com uma forma, força e poder distinto daqueles presentes em outras divindades, o que não permitiria que uma única divindade fosse todas as outras, mas que na verdade cada uma tivesse seu papel no universo e que o Deus e a Deusa celebrados na Wicca fossem, na verdade, a grande energia cósmica de criação, que está além da idéia de divindades, tornando-se assim “Deuses cósmicos”.
A interação com as diferentes divindades existentes nos panteões é válida dentro da Wicca, mas precisa ser intimamente analisada, e trabalhada por cada grupo ou tradição, pois a verdadeira busca é direcionada à polaridade Deusa Lunar e Deus Solar.
Essa pequena confusão da forma de encarar as divindades ocorre devido a mistura da Wicca com os conceitos pagãos mais antigos de uma celebração politeísta exata, onde cada divindade era uma força e personalidade distinta e onde cada divindade comandava uma área e respondia por algumas atividades específicas. Gardner fundamentou a Wicca num modelo Duoteísta e não puramente politeísta, visto que o duoteísmo é um politeísmo diferenciado. Infelizmente a constante inserção de novos conceitos que não fazem parte da Wicca proposta por Gardner ocasiona esses pontos confusos, e por essa razão é muitíssimo importante que o buscador estude e verifique qual tipo de vivencia ele encontra com os Deuses, para que assim busque uma tradição que trabalhe nesse modelo.
Ressaltando que todos os sistemas têm sua validade dentro de um modelo individual de culto. Entretanto, atenha-se que uma tradição precisa seguir sempre um mesmo modelo de culto, pois se assim não fizer ela perde a sua raiz e deixa de ser uma tradição, sendo assim, uma tradição Wiccan precisa ser Duoteísta, celebrar uma Deusa e um Deus, e se assim não o fizer ela não é Wiccan.

Lendas e Mitos


As Lendas são as formas mais simples de manter e ensinar os mistérios da Arte. Através de pequenos contos ou formas simbólicas de representar um acontecimento os povos vêm durante as eras ensinando sua cultura, suas religiosidades, e criando uma forma bonita e fácil de manter vivo o conhecimento na mente das pessoas, até daquelas que não dispõem de um bom nível educacional.
Na Wicca as lendas são uma forma direta de passar ensinamentos, ou de embelezar suas crenças, às vezes criamos lendas para coisas que possuem uma explicação direta e simples, mas como a lenda nos obriga a refletir e indagar, os sacerdotes possuem uma preferência por ensinar os neófitos através de lendas. Logo, quando ler algum conto Wiccano dedique tempo para uma boa reflexão e tente encontrar ali ensinamentos, pois com certeza todas as lendas possuem informações importantíssimas.

Oráculos


Oráculos são mecanismos mágickos para desenvolver uma probabilidade de acontecimentos futuros. Dentro da Wicca utilizamos oráculos para verificar quais serão as prováveis reações aos nossos atos mágickos. Assim como também os utilizamos para analisar como devemos agir em situações muito diferentes das normais, como uma mudança de lar, compra de um imóvel, início de uma sociedade empresarial, mudança de emprego e vários outros acontecimentos.
É muito importante compreender que os oráculos são apenas mecanismos que analisam suas ações atuais e geram probabilidades dos acontecimentos futuros, essa analise é feita através de símbolos, cores e movimentos que magicamente ligados ao plano etéreo desenvolvem respostas que são compreendidas por nós.
A utilização e compreensão dos oráculos são bastante complexas e requerem muito estudo, controle e prática, pois são necessários tempo e amadurecimento para entender as respostas etéreas e para desenvolver suas próprias formas de interpretação.
Apesar de todos os Wiccanianos estudarem os diferentes tipos de oráculos, normalmente, em um Coven, apenas um ou dois membros os utilizam, pois como já disse é necessário muito tempo e dedicação à prática oracular para alcançar um nível realmente satisfatório.

Bola de cristal


A bola de cristal é um instrumento das artes adivinhatórias, muito popular entre os videntes. A Cristalomancia é também muito praticada pelas bruxas, mas com um propósito maior:Mergulhar no cosmo profundo e infinito da Grande Mãe, recebendo mensagens e descobrindo mais sobre o nosso mundo interior, que é o mundo da Deusa refletida na bola de cristal.

Tarô


O tarô é um jogo de 78 cartas. Mais que um jogo é uma inesgotável fonte de conhecimento. Dividido em 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos menores. Sua origem ainda é motivo de muitos estudos. Acredita-se que a palavra tarot, significa "ROTA". O mais conhecido no mundo Ocidental é o de Marselha, mas além dele há muitos outros, como o cigano, o mitológico, o esotérico e etc. Eu adoro o tarô das Bruxas, que além de ser muito bonito, traz os elementos da Arte. Muitos bruxos conseguem através do tarô, passar através da ponte mágica, que nos leva ao mundo da intuição e magia. O tarô também está tendo uma importância muito grande na meditação e na Terapia de Vidas Passadas.

Lua dos Signos


Lua em Áries

Esta Lua é excelente para a realização de feitiços que envolvam autoridade, liderança e projetos futuros e renascimento. É também uma ótima fase para os feitiços que envolvam cura e saúde, principalmente das doenças que envolvam a face, o cérebro e a cabeça. As velas utilizadas neste período deverão ser de cores vermelho e vinho, tendo o ferro como metal totem.

Lua em Touro

Esta é uma Lua excelente para realizar todo e qualquer encantamento de amor e também aqueles que envolvam dinheiro, bens materiais e trabalho. É também excelente para encantamentos que envolvam saúde e cura, principalmente nas doenças de garganta, pescoço e ouvido. As velas utilizadas deveram ser verdes e o metal totem será o cobre.

Lua em Gêmeos

Esta é uma excelente lua para os que pretendem realizar feitiços relacionados com a comunicação, atividades públicas e viagens. Lua especialmente propícia para os rituais de cura, nas doenças de coluna, braços, mãos e pulmões. As velas utilizadas nesse período devem ser cor de rosa claro e o metal totem será o mercúrio.

Lua em Câncer

Esta é uma lua ideal para aqueles que pretende realizar encantamentos relacionados com a família e proteção doméstica. Ótimo tempo para feituras de rituais em louvor a divindades lunares. Ideal para os feitiços que envolvam saúde e cura de doenças no estômago e peito. As velas utilizadas deveram ser de cor prateada, cinza ou branca. Sendo a prata seu metal totem.

Lua em Leão

Esta é uma lua ótima para os que pretendem realizar encantamentos relacionados com poder sobre os outros, autoridade, coragem, fertilidade e maternidade. Lua propícia para os encantamentos relativos a saúde e curas de doenças do coração. As velas utilizadas nesse período devem ser de cor amarelada, laranja ou dourada. O ouro é seu metal totem.

Lua em Virgem

Esta é uma lua extremamente propícia para quem pretende realizar os encantamentos que envolvam trabalho, saúde e estudos. Lua também muito propícia para rituais de cura das doenças ligadas aos intestinos e sistema nervosos. As velas utilizadas devem ser de cor azul escura, tendo no mercúrio seu metal totem.

Lua em Libra


Esta é uma lua ideal para quem pretende realizar encantamentos relacionados com trabalhos artísticos, justiça, sociedades, uniões e equilíbrio emocional. Lua muito propícia para encantamentos que envolvam saúde e cura de doenças dos rins. As velas utilizadas no período deverão ser de cor azul marinho, tendo no cobre o seu metal totem.
Lua em Escorpião

Esta é uma lua propícia para aqueles que pretendem realizar encantamentos relacionados com a sexualidade, poder, crescimento espiritual e transformações pessoais. Lua ideal para fazer feitiços que envolva saúde e cura de doenças dos órgãos reprodutores. As velas utilizadas deveram ser de cor vermelha ou preta. O ferro é seu metal totem.
Lua em Sagitário

Esta é a lua propícia para os que pretendem realizar encantamentos que envolvam viagens, publicações, justiça, atividades esportivas e fidelidade. Excelente para feitiços que envolvam saúde e cura das doenças do fígado. as velas utilizadas nesse período devem ser de cor púrpura ou azul bem escuro, tendo no estanho seu meta totem.

Lua em Capricórnio

Esta é a lua ideal para aqueles que pretendem realizar encantamentos ligados a ambição, carreira, política e organização. Excelente lua para realizar encantamentos que envolvam saúde e cura das doenças dos joelhos, ossos, dentes e pele, tendo no chumbo seu metal totem.

Lua em Aquário

Esta é uma lua ideal para encantamentos que envolvam liberdade, ciência, resolução de problemas expansão de dons, amizades e banimentos tanto de doenças como de velhos hábitos. Lua ótima para os feitiços que envolvam saúde e cura das doenças de sangue. As velas utilizadas nesse período devem ser de cor azul clara. Tendo o urano o seu metal totem.

Lua em Peixes

Esta é a lua para quem pretende realizar encantamentos que envolvam mensagens através dos sonhos, clarividência, telepatia, música e arte. Lua também muito propícia para feitura de feitiços que envolvam saúde e cura das doenças dos pés. As velas utilizadas devem ser de cor azul claro, tendo no estanho o seu metal totem.

A Lua


Os homens começaram a observar a Lua nos primórdios da Humanidade, a famosa representação da Grande Mãe com data de 20.000 a.C encontrada na França que mostra a Deusa segurando um chifre de bisão com treze entalhes, correspondente as treze lunações de um ciclo solar. Diferente da constante presença do Sol, a Lua mostra mutantes aparições com suas faces diversas e sua Luz misteriosa fascinam e intrigam os homens que habitam toda a terra. Muitos povos da antiguidade, comungavam do fascínio e da reverencia pela Lua. Havia um elo que ligava a Lua a fertilidade, quando deixaram de ser coletores a humanidade começou a perceber que em algumas lunações a Terra era mais fértil, e as mulheres tinham influência da Lua em seu ciclo menstrual.Essa ligação direta das mulheres coma Lua as fizeram durante muito tempo serem sacerdotisas, curandeiras, profetisas, guardadoras dos calendários, conselheiras sobre as datas corretas para os plantios, colheitas e caçadas. Os ciclos Lunares eram a maneira mais fácil de marcar a passagem do tempo. Com um padrão rítmico a Lua formou a semana de sete dias e o mês de vinte e oito dias, equivalente ao ciclo menstrual da maioria das mulheres, um mês durava de uma Lua Nova até a seguinte, cada quarto durava uma semana e treze lunações formavam um ano. Cada lunação era nomeada de acordo com suas características, aparência, qualidades, nomenclatura esta mantida até hoje pelos povos Nativos principalmente entre os índios norte-americanos (xamãs). As mudanças ocorridas nos corpos das Mulheres eram ditas como imitação das fases da Lua.

A energia dos planetas


Sol

A cura; expandir a consciência; reforçar as características positivas da personalidade; atrair boas energias para o futuro; realçar a auto-estima; ter mais autoridade, segurança, equilíbrio, novas idéias e sucesso; afirmasse profissionalmente.

Lua

Estimular sentimentos de família, de maternidade e de proteção; aumentar a popularidade, a intuição, a espiritualidade; abrir os canais com o inconsciente por meio dos sonhos.

Mercúrio

Desenvolver a espiritualidade e acreditar na força da fé; Ter sucesso nos estudos; aumentar o carisma e a auto-estima; estimular o raciocínio, a espontaneidade, a criatividade e a expressão das idéias.

Vênus

Pedir mais harmonia, paz, alegria, amor, união em todos os setores da vida; ter facilidade em expressar a afetividade e se integrar com os outros; para atrair pessoas e o ser amado; para incrementar a sexualidade, a beleza e os relacionamentos.

Marte

Concretizar um objetivo seja qual for a área; estimular a criatividade e praticidade; ter coragem, fibra e ímpeto para dar início a projetos pessoais.

Júpiter

Ter fartura, prosperidade, bom humor, jovialidade, a proteção do anjo da guarda, conforto, elevação da espiritualidade, clareza de visão, percepção do futuro; para transmitir conhecimento, ensinar; definir metas.

Saturno

Pedir justiça, compreensão de superiores, dignidade, honra, disciplina, estabilidade; a conservação de bens materiais, a realização pessoal, a abertura da mente e a satisfação das necessidades.

Netuno

Desenvolver a espiritualidade, o amor pelo próximo, a fantasia, o sonho, a visão, a clarividência, o sexto sentido; superar o medo da morte.

Urano

Revolucionar o que faz parte de nossas vidas e trazer mudanças positivas aos grupos a que pertencemos; ter a capacidade de fazer algo pela coletividade; favorecer os assuntos relativos à amizade.

Plutão

Transformar os sentimentos negativos em positivos; estimular a coragem, a autoconfiança e a renovação de pensamentos e sentimentos.

Elementais


Elementais são seres etéreos (energéticos e espirituais) ligados aos princípios básicos da existência; Terra, Ar, Fogo e Água. Esses seres são como qualquer outro, possuem corpo, personalidade, desejos e características que os diferenciam.
Os elementais trabalham em todas as áreas e planos, sua freqüência energética se adapta a tudo, eles vivem dentro e fora de nós. Cada um deles também pode ser associado a sentimentos e ações distintas, que ao analisadas definem a personalidade do elemental envolvido, por exemplo, uma Ondina (elemental da água) que vive em um lago calmo e límpido, possui um temperamento muito mais amável e harmônico que uma ondina que habite um lago poluído e fétido.
Ao longo dos anos cada elemental ganhou uma mitologia e lendas próprias sobre suas diferentes atividades; Gnomos, Duendes, Fadas, Sereias, Dragões, Fantasmas...Quem nunca teve interesse em saber de onde essas “lendas” saíram? Ao estudar os elementais, muitas dessas dúvidas podem ser respondidas.
Uma coisa deve ficar clara, elementais são seres poderosos, com uma personalidade própria, o contato com eles é trabalhoso e requer conhecimento e dedicação, tentar evoca-los em rituais sem que antes haja uma sintonia e contato prévio é algo perigoso, pois os elementais não são seres “bonzinhos e fofos”, são seres como qualquer outro, com sentimentos e que não aceitam brincadeiras ou intromissões em suas atividades por um simples capricho.

Elementais da água

ONDINAS


Assim como os Gnomos tem suas funções limitadas junto aos Elementos da Terra, os Elementais da Água - as Ondinas - atuam na Essência Invisível e Espiritual, - O Éter Úmido - A beleza é uma característica comum aos Elementais da Água. São sempre cheios de graça, simetria, onde quer que sejam encontradas, representadas na arte, em esculturas.
O Elemento Água, que sempre foi identificado como sendo um símbolo feminino, é muito natural que os Elementais da Água sejam simbolizados como fêmeas. As Ondinas, estão sub-divididas em vários grupos, algumas habitam as Cataratas, Mares, onde podem ser vistas entre os vapores, outras habitam os Pântanos, Brejos e Charcos, outras ainda habitam em Lagos de Montanhas.
De um modo geral, quase na totalidade, as Ondinas são muito parecidas com seres humanos, tanto na sua forma, como tamanho - as que habitam os Rios e Fontes, tem proporções menores - Normalmente vivem em Cavernas de Corais, nos Juncais, às margens dos Rios ou das Praias. As Ondinas, servem e amam sua Rainha, Necksa.
Elas são antes de tudo, seres emocionados, amigáveis com os humanos, à quem gostam de servirem. Muitas vezes, são representadas cavalgado em Golfinhos e em outros grandes Peixes, essas Sereias tem um amor muito grande pelas flores e plantas, às quais servem de maneira devotada e inteligente quanto aos Gnomos. Antigos poetas diziam que o canto das Ondinas "O Canto das Sereias" eram ouvidos no vento Oeste, e que suas vidas, eram consagradas à beleza da Terra Material.


Elementais da terra

GNOMOS


Os Elementais que vivem no Éter Terrestre são denominados geralmente de Gnomos. Assim como há seres humanos em evolução através dos elementos físicos e objetivos da Natureza, também existe várias espécies de Gnomos em desenvolvimento e evolução através do Corpo Etérico da Natureza. São conhecidos também chamados "Espíritos das Árvores, os homenzinhos velhos da floresta. Sua casas são por eles construídas com substâncias parecidas com o Alabastro, o mármore e o Cimento, mas a verdadeira substância é desconhecida no plano físico ( 3ª dimensão ), já que todos os Elementais vivem na 4ª dimensão. Cada arbusto, cada flor, cada planta, cada árvore, tem o seu Espírito da Natureza, que freqüentemente usa o Corpo Físico da planta como sua habitação.
Quando uma planta é cortada e morre, seu Elemental morre junto com ela, mas enquanto existir o menor traço de vida nessa planta, ela mostrará a presença de seu Elemental Guardião. Pense bem antes de cortar uma planta, veja se é mesmo necessário... Os Gnomos sempre se colocam à disposição do ser humano, desde que nunca seja usado seus poderes de uma maneira egoísta, para adquirir o Poder Temporal. Uma atitude dessa faz com que estes Elementais se voltem com toda a sua fúria àqueles que os decepcionam.
Os Gnomos são governados por um rei, pelo qual têm um grande amor e referência. Seu nome é Gob, por isso seus súditos são freqüentemente chamados de Gobelinos. Os Gnomos casam-se e constituem família. As mulheres dos Gnomos são as Gnomidas. Alguns usam as roupas tecidas do Elemento que vivem. Em outros casos, sua vestimenta é parte integrante deles mesmos, e cresce com eles, como pêlos nos animais.
São muito gulosos, e gastam grande parte de seu tempo comendo, mas ganham seu alimento, através de um trabalho deligente e conscencioso. Muitos são de temperamento avaro, e gostam de acumular coisas, que escondem longe, em plantas secretas. Existem provas abundantes, que as crianças, até por volta dos sete anos de idade, por sua pureza, freqüentemente vêm os Gnomos, porque seu contato com o mundo material ainda não está completo, ainda não adquiriram defeitos psicológicos, sendo assim funcionam mais ou menos conscientemente nos mundos invisíveis.
O comportamento dos Gnomos ou Duendes varia em geral baseiam-se em atitudes humanas por estarem próximos aos homens. Essa aproximação, é sempre favorecida quando o ser humano está mais frágil e sensível. Os Gnomos são os Guardiões dos Minerais, com capacidade até de transformar Rocha em Cristal. Os Duendes, são ligados à Terra e geralmente conseguem controlar imprevistos da Natureza. Tanto Gnomos quanto Duendes vivem vários anos, cerca de cem anos. Adoram fazer brincadeiras e esconder coisas. Alguns possuem orelhas pontudas e grandes e tem grande quantidade de pêlos no corpo.
Quando confiam no homem, se tornam fiéis e grandes protetores. Adoram frutas, mas naturalmente, em seu sentido de humor que se faz notar em cada uma de suas afirmações - para comermos um melância ou um melão, teríamos que nos meter dentro. O morango, a cereja, a groselha e amoras silvestres, são seus pratos favoritos, e não comem como sobremesa, mas sim como prato principal.

Morag - Gnomo do Amor

Gnoa - Gnomida da Criatividade
Magnodun - Duende da Magia
Tende - Duende da Sorte
Sagmo - Gnomo da Casa
Gobe - Gnomo da Sabedoria
Dunaz - Duende da Natureza
Moveg - Gnomo dos Vegetais
Migsa - Gnomida Professora
Dulei - Duende da Alegria
Duendo - Duende da União


Elementais do ar

SILFOS



No último discurso de Sócrates, tal como foi preservado no Fédon de Platão, o filósofo condenado à morte diz: - "acima da Terra, existem seres vivendo em torno do ar, tal como nós vivemos em torno do mar, alguns em ilhas que o Ar forma junto com o Continente; e numa palavra, o ar é usado por Eles, tal qual a água e o mar são por nós, e o Éter é para nós.
Mais ainda, o temperamento das suas estações é tal, que Eles não têm doenças e vivem muito mais tempo do que nós, e têm visão e audição e todos os outros sentidos muito mais aguçados do que os nossos, no mesmo sentido que o Ar é mais puro que a Água e o Éter do que o Ar.
Eles também têm seus templos e Lugares Sagrados, em que os Deuses realmente vivem, e Eles escutam sua vozes e recebem suas respostas; são conscientes de sua presença e mantêm conversação com Eles, e Vêem o Sol, e vêem a Lua, e Vêem as Estrelas, tal como realmente são.
E todas suas bem-aventuranças, são desse gênero"... Eles são os mais altos de todos os Elementais, o seu Elemento Nativo é o de mais alta taxa vibratória. É comum atingirem 1000 anos de idade, não envelhecem nunca. São os Silfos, que têm como líder um Silfo chamado Paralda, e vive na mais alta montanha da Terra.
Acredita-se que os Silfos reúnem-se em torno da mente dos sonhadores, dos artistas, dos poetas, e os inspiram com seu alto conhecimento das maravilhas e obras da Natureza. São de temperamento alegre, mutável e excêntrico. À eles, é atribuída a tarefa de modelar os flocos de neve e arrebanhar as nuvens, sempre desempenhando esta tarefa com a ajuda das Ondinas, que lhes fornecem a umidade.


Elementais do fogo


SALAMANDRAS



O Terceiro grupo de Elementais, são representados pelos Salamandras, que vivem no Éter atenuado e espiritual que é o Invisível Elemento Fogo. Sem elas, o fogo material não existiria, um fósforo não pode ser aceso, e nem a pólvora explodiria.
O ser humano é incapaz de se comunicar adequadamente com as Salamandras, pois ela reduz a cinzas, tudo que delas se aproxima. Antigos místicos, preparavam incensos especiais de ervas e perfumes, para que quando queimados, pudessem provocar um vapor especial, e assim formar nos seus rolos as figuras das Salamandras, sentindo assim a sua presença.
Muitas Salamandras são vistas em formas de bolas ou línguas de fogo, correndo através dos campos ou adentrando nas casas. No Brasil, chamam essas aparições, ou "fenômenos" de Fogo-Santileno".
A maioria dos místicos afirmam que as Salamandras são seres gigantes, imponentes, flamejantes em roupas fluídas, como se fosse uma armadura de fogo. São as mais poderosas dos Elementais e tem como seu regente Djin.
Antigos sábios sempre foram advertidos para manter distância delas, pois os benefícios que seus estudos trariam, não seria proporcional, ao preço que se pagaria por eles. Possuem especial influência sobre os indivíduos de temperamento ígneo e tempestuoso.
Tanto nos animais, quanto no homem, as Salamandras trabalham através do emocional, por meio de calor corpóreo, do fígado e da corrente sangüínea. Sem a sua assistência, não haveria calor.







segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Símbolos

Na prática da arte da Grande-Mãe e seu Consorte, podemos acrescentar uma simbologia mágica que nos permite a melhor sintonia com os elementais. Durante os séculos os povos têm desenvolvido símbolos que permitem uma maior interação entre eles e entre todos os seres que os rodeiam. Para tanto, magos e bruxos de todo o mundo, através do conhecimento milenar puderam propagar esta simbologia que nos permite alcançar o efeito desejado em nossas práticas mágicas pessoais. Cada símbolo com o passar dos séculos, foram incorporados na Arte Wicca, devido a sua eficácia - seja no contexto mágico ou religioso. Na Wicca diversos símbolos são utilizados e estudados, pois os seus ritos são baseados em práticas cerimoniais onde a simbologia das cores, formas, sons, e dos símbolos propriamente ditos são essenciais para que ocorra uma perfeita sintonia entre o mundo etéreo e o mundo físico.Muitos destes símbolos são utilizados para as práticas ritualísticas de bruxos e bruxas, servindo para focalizar a energia mágica bem como os instrumentos.Alguns símbolos são usados na escrita, outros na matemática, alguns na física, astrologia e, principalmente, muitos símbolos são utilizados nas religiões para induzir sensações, lembrar acontecimentos, alertar, fortalecer, equilibrar, ensinar e auxiliar na comunicação com seres de outros planos.

Ankh




É um antigo símbolo egípcio que nos lembra uma cruz encimado por um laço. O Ankh simboliza a vida, o conhecimento cósmico, o intercurso sexual e o renascimento. Devemos lembrar que o Deus e a Deusa do maior do antigo panteão egípcio são representados portando sempre este símbolo. O Ankh também é conhecido por vários bruxos como "Cruz Ansata". Hoje em dia o Ankh é usado por vários bruxos contemporâneos para encantamentos e rituais que envolvem saúde, fertilidade e divinação.


Círculo




Altamente potente que não possui princípio ou fim. É usado por bruxos e Neopagãos como símbolo sagrado de ioni, da energia mágica, da proteção, do infinito, da perfeição e da renovação constante.


Estrela de Daví




É um antigo e poderoso símbolo mágico. Este símbolo consiste em um hexagrama de dois triângulos entrelaçados (um voltado para cima e outro para baixo). O selo de Salomão simboliza a alma humana, sendo utilizados por bruxos e magos cerimoniais para encantamentos, conjuração de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos.



Olho de Hórus




É um outro antigo símbolo egípico muito usado na feitiçaria moderna. Representa o olho divino do deus Hórus, as energias solar e lunar, e freqüentemente é usado para simbolizar a proteção espiritual e também o poder clarividente do Terceiro Olho.


Pentagrama



Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.
Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino. O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito".
A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico. Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.
Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.
Para os agnósticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à Deusa Morrigan.
Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do pentagrama.
Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.
Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.
Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.
Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas.
Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos. Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa".


Vênus de Willendorf


Representa a fecundidade e a fertilidade. Ela se baseia nas primitivas imagens da Grande Mãe que, desde a Idade da Pedra, representam o poder mágico da alma feminina. Ela a senhora da fertilidade da terra e do espírito. Deve ser colocada perto da cama (para a fertilidade do casal), na mesa do escritório (para a fecundação de novos projetos) ou na sala (para a fertilidade das relações familiares).

O alfabeto das Bruxas


O alfabeto Theban é um sistema de escrita com origens desconhecidas. Foi publicado pela primeira vez em Polygraphia de Johannes Trithemius (Johann Heidenberg 1462-1516) em 1518, e foi atribuído a Honorius de Thebas. Já seu discípulo Heinrich Cornelius Agrippa (1486-1535) no livro “The Occulta Philosophia -1531” (A Filosofia Oculta) atribuiu o Alfabeto Theban a d’Abano de Pietro (1250-1316).
O Alfabeto Theban também é conhecido como alfabeto de Honorian ou runas de Honorian, entretanto não há nenhuma evidência de que o alfabeto Theban tenha sido utilizado como runa. Devido ao amplo uso dos praticantes de Bruxaria e Wiccanos, o alfabeto passou a também ser chamado de “Alfabeto das Bruxas”, e, é normalmente utilizado para substituir as letras latinas ao escrever nos Livros das Sombras, servindo, dessa forma, como uma escrita mágicka de difícil compreensão para leigos, o que cria um belo ar de mistério.
O alfabeto Theban não possui semelhança gráfica com praticamente nenhum outro alfabeto, e não foi encontrado em nenhum local ou publicação antes da de Trithemius. Em comparação ao Latim Arcaico, o Theban, possui uma relação “letra à letra”, perdendo algumas dessas correspondências somente com o Latim moderno, onde as letras J, U e W não possuem representação e são escritos com os mesmos caracteres para I, V e VV consecutivamente.
Ao que tudo indica o Theban não possui nenhuma pontuação além de um caractere que representa o fim de um texto, quase que equivalente a um ponto final. Nenhuma outra pontuação aparece nos textos de Trithemius ou nos de Agrippa e os posteriores a esses. Logo, ao escrever com o alfabeto Theban podemos utilizar nossa pontuação latina ou inventar caracteres equivalentes. As correspondências com o Latim Arcaico e a falta de pontuações sugerem que tal alfabeto foi inspirado no Latim e no Hebraico.

Esbaths


A Wicca é uma Religião de equilíbrio e suas práticas religiosas seguem esse princípio com festejos Solares, expressos nos Sabaths, e com celebrações Lunares, expressas nos Esbaths. Cada período lunar corresponde a uma face/característica da Deusa, assim como cada período solar corresponde a uma face/característica do Deus. Sendo que em ambas as práticas os Deuses são celebrados em igualdade, apenas simbolicamente os Esbbaths correspondem a Deusa e os Sabbaths ao Deus.O período Lunar começa logo após a Lua Negra, com a chegada da Lua Nova, a primeira representa o aspecto de transformação/morte da Deusa, onde ela é vista em sua Face de Anciã, já a segunda representa o aspecto de inovação/nascimento da Deusa, e ela aparece em sua face de Jovem donzela. Após a Lua Nova a Deusa começa a amadurecer, percorrendo o período da Lua Crescente como uma Donzela em busca de sua fertilidade e força, as quais ela conquista no plenilúnio da Lua cheia onde ela torna-se Mãe. Depois ela começa a caminhar introspectiva pela Lua Minguante para torna-se a sábia Anciã que morre na Lua Negra, para retornar na Nova em um ciclo continuo de vida, morte e renascimento.As influências energéticas provocadas pelo Magnetismo Lunar, que podem ser percebidas nas marés e ressacas, na menstruação das fêmeas são uma conseqüência direta desse ciclo de transmutação que ocorre em cada fase da Lua, e os Bruxos e Bruxas, conscientes dessa influência interna e externa, celebram há milênios tais mudanças, que hoje na Wicca são chamadas de Esbaths.

Summerland


Summerland é um termo geralmente empregado na wicca como referencia ao outro mundo para o qual as almas dos mortos se encaminham após a vida física.
Pode ser visto como uma espécie de paraíso pagão não muito diferentes dos conhecidos ALEGRES CAMPOS DE CAÇA de algumas tradições dos nativos norte-americanos. O summerland dos wiccanos existe no plano astral e é experimentado de modos diferentes por cada individuo, de acordo com a vibração espiritual que ele leve a esse plano de existência.
O período em que alguém permanece em summerland depende da habilidade do individuo de libertar e retomar o material que a alma carrega vida após vida, o que pode fazer com que essa alma renasça na dimensão física.
A existência em summerland permite a um individuo a oportunidade de estudar e compreender as lições da vida anterior e como estas se relacionam com outras vidas já passadas. Na teologia wiccana, este é conhecido como um período de descanso e recuperação.
Uma vez encerrado este período de tempo, o plano elemental começa a atrair o individuo para o renascimento na dimensão que se harmonize com sua natureza espiritual naquele momento.
A alma a reencarnar é então submetida ao plano das forças e pode ser atraída pelo vértice de uma união sexual em curso na dimensão física.
Segundo os ensinamentos misteriosos, um aborto natural ou natimorto indica apenas um problema na geração, um erro genético, um problema devido a uma queda ou a maus cuidados com a gravidez, isso não provoca mazelas na alma que estava se direcionando ou que já estava ali, essa alma na verdade se restabelece e retorna novamente da mesma forma. Tais acontecimentos são conseqüências dos atos dos pais durante a gravidez ou são somente problemas genéticos que não devem sem encarados com terror e sim como algo natural à vida. Isso acontece entre os animais, entre os vegetais, pq não ocorreria entre os homens?
As almas que não desejam retornar ao plano físico mantém seus ciclos de “trabalho”, e passam a viver como mentores daqueles que estão vivos, e alguns ainda vão além retornando por completo ao útero da Deusa, transformando-se e compreendendo toda a sua natureza divida, voltando a energia divina, a esses damos o nome de ancestrais, aqueles que viveram em alguma época em nossa família, ou externamente a nós e hoje já habitam por completo o nosso anterior e nossas lembranças.

Sabaths


Como qualquer Religião a Wicca possui festivais. Com a diferença que na Wicca, esses estão intimamente ligados ao que chamamos de “A Roda do Ano”, uma representação a nível cosmológico das crenças em um ciclo de nascimento, vida, morte e renascimento. Estas festividades estão também ligadas ao ciclo das colheitas, as fases da Lua e as estações do ano. As principais são as festividades Solares ligadas astronomicamente aos Solstícios e os Equinócios, no Brasil alguns Wiccanos tem preferência por praticar a Arte pelo Hemisfério Norte, mesmo estando localizados no Hemisfério Sul.


Hemisfério Sul

SAMHAIN - 30 de ABRIL

YULE - 21 de JUNHO

CANDLEMAS - 1 de AGOSTO

OSTARA - 21 de SETEMBRO

BELTANE - 31 de OUTUBRO

LITHA - 21 de DEZEMBRO

LAMMAS - 2 de FEVEREIRO

MABOM - 21 de MARÇO


Hemisfério Norte

SAMHAIN - 31 de OUTUBRO

YULE - 21 de DEZEMBRO

CANDLEMAS - 2 de FEVEREIRO

OSTARA - 21 de MARÇO

BELTANE - 30 de ABRIL

LITHA - 21 de JUNHO

LAMMAS - 1º de AGOSTO

MABOM - 21 de SETEMBRO


Cada tradição na Wicca faz seus próprios ritos, dizer quais são certos não cabe a mim, até porque muitos se identificam com a Wicca pela liberdade e principalmente por poder realizar o que quiser e como quiser individualmente (todos recebemos os conselhos, seguirmos depende de cada um de nós), a maioria segue os rituais normais sazonais e praticam sozinhos e livremente seus feitiços e rituais próprios.

A Wicca na atualidade

As práticas Pagãs, dando destaque maior à Wicca, se expandiram de uma forma inacreditável pela América do Norte e Europa. Hoje o número de Bruxos somam aproximadamente 250.000 nos EUA, ultrapassando inúmeras religiões tidas como convencionais, dentre as quais o Budismo e o Universalismo Unitário. O Censo canadense de 1991 registrou 5.530.000 Neo-pagãos que seriam compostos principalmente de Wiccanianos, outra pesquisa realizada em 1997 constatou a existência de 12 milhões de Bruxos em todo o mundo. Porém, acredita-se que o número atual é muito maior, pois muitos não expõem sua condição religiosa publicamente. A Wicca é formada por grupos de tradições religiosas, alguns estão fortemente estruturados, enquanto que a maioria é eclética. Muitos, talvez a maioria dos Wiccans sejam praticantes solitários.Os Wiccans adoram uma deusa e seu consorte, um deus corníferoSeu símbolo principal é o pentagrama ereto (uma estrela de cinco pontas com duas pontas para baixo e uma para cima), às vezes dentro de um círculo para dar forma a um pantáculo.Seus grupos são chamados covens, sua regra de comportamento é chamada Rede Wicca que significa : "faça o que desejar, desde que não prejudique ninguém, inclusive você mesmo". Aos Wiccans não é permitido dominar, manipular, controlar, ou prejudicar o outro.

A Wicca sustenta-se sobre 3 conceitos básicos:
1) O papel preponderante da Deusa em suas práticas e ritos em vez de um Deus masculino, cultuando também os Antigos Deuses da natureza e o Deus Cornífero, considerado filho e consorte da Deusa;
2) A utilização da Magia Natural como forma de atingir nossos desejos e mudar os fatos;
3) A crença na reencarnação, vista não somente como uma forma de evolução, mas também como o desejo de retornar no mesmo tempo e local das pessoas amadas.

Os propósitos da Wicca são mostrar a necessidade da reconexão com a natureza, com os ritmos e ciclos naturais do Sol e das Estações e a busca de um novo equilíbrio do homem com o seu meio ambiente.A Roda do Ano representa o sagrado círculo onde a Deusa virgem concebe seu filho, o vê crescer, se apaixona por ele, até que a morte leve-o a Terra da Juventude Eterna, para novamente renascer.Muitas pessoas tem dificuldade de aceitar que o deus morra, por não entenderem que ele realmente é Eterno - tão eterno quando a natureza. Ele sacrifica-se para dar continuidade a própria vida, fechando o Sagrado Círculo - Criação, crescimento, apogeu e declínio. A Destruição do velho revigora a força Natural, pois este é substituído pelo novo.

Origens


Wicca é uma religião baseada, em parte, na cultura dos povos do norte da Europa antiga, de crença Pagã em uma deusa da fertilidade e no seu consorte, um deus cornífero. Embora como religião seja uma criação moderna, uma de suas fontes, o Paganismo, data de muitos séculos antes da era Cristã. Paganismo é o nome genérico que se dá às práticas religiosas que surgiram na Era Paleolítica e Neolítica, onde as crenças espirituais eram centradas no feminino, nos ritos da fertilidade, no culto aos antigos deuses da natureza, nas celebrações das colheitas e plantio..A Bruxaria busca resgatar o divino feminino e o papel das mulheres na religião como Sacerdotisas da Grande Mãe. Muitas vezes chamada de Religião da Deusa, a Arte, Religião Antiga, não é uma fantasia de mentes deturpadas ou de pessoas que se supõem dotadas de poderes mágicos, mas sim uma religião capaz de acolher pessoas das mais variadas idades, raças, posições sociais e todos aqueles que vêem em seus ritos uma forma real de se conectarem com o Divino e com a natureza.A maioria dos Wiccan não acredita que sua religião é uma descendente direta e contínua desta religião mais antiga, vêem-na como uma reconstrução moderna da antiga Religião Celta. As fontes do renascimento do Paganismo podem ser rastreadas no início do século XX com os trabalhos da antropóloga Margaret Murray(1863 - 1963) . Ao examinar os vários registros de julgamentos da Inquisição, Murray desmascarou o Diabo dos relatos de Bruxas e Bruxos que foram executados e em seu lugar encontrou o Deus Cornífero, a Divindade cultuada pelos pagãos e que os inquisidores tinham transformado na corporificação do mal.Margaret Murray foi autora do cult "A bruxa na Europa Ocidental" e "O Deus das Bruxas". Estes livros promoveram o conceito de que algumas das bruxas que foram eliminadas pelo Catolicismo Romano e pelos Protestantes durante as "épocas ardentes" (1450-1792), eram restos de uma religião dominante na Europa do pré-Cristianismo. Seus textos não foram bem recebidos por antropólogos, entretanto, forneceram o material de fundo para as tradições Neopagãs. A medida que ia mais fundo em seus estudos, Murray encontrou o equivalente feminino do Deus, a Deusa e desta forma desmistificou todas as antigas superstições e estigmas negativos atribuídos à Bruxaria e identificou-a como o mesmo culto à fertilidade que surgiu muito tempo antes do Cristianismo..

Em 1951 quando a última das leis contra a Bruxaria foi revogada, Gerald Gardner(1884 - 1964), saiu das sombras e defendeu as posições de Margaret Murray, declarando que a Bruxaria tinha sido a religião dos antigos europeus e que continuava a ser uma religião verdadeira para muitas pessoas e que teria sobrevivido através de anos sucessivos de supressão sob o nome de Wicca.Gerald Gardner , fundou um Coven Wicca em 1939, e fazendo uma consulta dos votos usuais do Coven, persuadiu-os a que o deixasem publicar um livro em 1949 sobre a Wicca, no formato de uma novela. Revelou com cuidado algumas de suas crenças e relatou as perseguições históricas sofridas pela velha religião e como esta havia resistido. Adicionou muitos rituais, símbolos, conceitos e elementos da magia cerimonial, da Franco-maçonaria e de outras fontes às crenças e práticas dos Coven, a maioria das quais tinham sido há muito esquecidas. escreveu o witchcraft já em 1954 em que descreveu detalhes adicionais sobre a fé. Escreveu sobre o sentido do witchcraft onde descreveu em detalhes a história da Wicca na Europa do norte. Desta forma, Gardner lançou uma nova luz às práticas da Bruxaria, dando origem assim à um grande movimento Neo-pagão de reavivamento das práticas e ritos da Velha Religião..Desde então o movimento Pagão cresceu substancialmente e muitos Bruxos que tinham sido instruídos por suas famílias, durante décadas, a manterem-se em segredo, decidiram sair das brumas e se tornarem visíveis e assim em pleno século XX ressurge uma religião que busca celebrar novamente a natureza, os Deuses Antigos e que busca inspiração nos seus ritos no culto à Deusa e ao Deus..